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A EDUCADORA, O PENSADOR E O SONHO DA EDUCAÇÃO LIBERTADORA.

Por Escola Parque

Todos nós sabemos que a Educação, em nosso país, ainda é um projeto para poucos escolhidos. É neste momento de reflexão que Patrícia Lins e Silva, nossa Diretora Pedagógica, lembra os ensinamentos de Paulo Freire, o grande pensador brasileiro, que influenciou o pensamento da Educação e teve suas ideias reconhecidas no mundo inteiro.

Patrícia nos lembra a necessidade de uma educação voltada para o ensinar a pensar, em vez de o quê pensar. Em seu artigo ela propõe dar aos alunos o poder de questionar os fatos da vida cotidiana. Educar não é domesticar, ela diz.

Patrícia nos lembra a existência de uma lacuna entre a Educação que as escolas oferecem e as reais necessidades da classe trabalhadora. Paulo Freire queria, antes de tudo, encurtar, se não eliminar, essa distância quase intransponível, buscando o entendimento de que a experiência e o processo de aprendizagem são mais importantes do que os conteúdos e conceitos ensinados.

É uma missão dura, árdua educar em uma direção diversa dos métodos tradicionais de ensino, que treinam alunos passivos, que não refletem sobre o que aprendem e que são disciplinados e obedientes a um modo de pensar, em geral o da escola e dos próprios professores.

Ao relembrar Paulo Freire, na passagem do seu centenário, Patrícia Lins nos traz a oportunidade de refletir sobre uma educação mais abrangente a aberta, que liberte os alunos e permita-os refletir sobre a realidade ao seu redor, para que desenvolvam um pensamento próprio e que suas ações sigam os aprendizados dessa reflexão. A palavra aqui é liberdade ou, como nos lembra Patrícia Lins, “Educar não é domesticar.”

Em sua reflexão ela nos fala, também, que “os alunos devem ser estimulados a discutir sobre os fenômenos à volta, sobre sua vida, sobre o conhecimento e devem reconhecer sua capacidade de raciocinar sobre o que acontece. Patrícia acredita, como Paulo Freire, que professor e alunos devem dialogar, trocar saberes e ideias, colocando a autoridade ao lado da liberdade. As ideias dos alunos são respeitadas e discutidas em classe, o que incentiva a autonomia de todos.

Assim como afirmava Paulo Freire, a educadora também vê a Educação tradicional como um ciclo permanente de opressão e submissão onde os alunos, por serem constantemente oprimidos e submissos, acabarão se tornando eles mesmos opressores.

Paulo Freire comparava as escolas ao sistema bancário, onde se depositam conhecimentos e fórmulas nas cabeças dos alunos, e são considerados ricos os que detêm mais letras, fórmulas e equações. Como se o conhecimento decorado e repetido enriquecesse com esse acúmulo de repetições. Patrícia lembra que, muitas vezes, esses alunos “enriquecidos” acabam por replicar esse conhecimento adquirido, e assim o ciclo se eterniza. Não só não aprendemos nada que vá transformar a sociedade, como não desenvolvemos o livre pensamento, a criatividade e a capacidade analítica.

Ler esse artigo de Patrícia Lins e Silva nos leva a ao desejo de conhecer mais esse grande pensador. E, mais ainda, nos faz refletir sobre a importância de manter uma constante vigilância para que a nossa própria maneira de enxergar a educação não seja nunca contaminada pela acomodação e pela padronização. Lembrando Paulo Freire, Patrícia nos desperta a refletir: “A educação que liberta o pensamento dos aprendizes é vital nos dias de hoje porque fornece ferramentas para avaliar e questionar, adequadamente, a atual ameaça crescente da opressão que emerge mundo afora.”

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