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Como podemos melhorar o século 21?

Por Escola Parque

Artigo Patrícia Lins e Silva (“Como podemos melhorar o século 21?”)
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Dessa vez, Patrícia Lins nos traz um balanço das primeiras décadas do século 21. 'Era para começar bem o século 21', assim ela inicia o artigo. E nos lembra que deixamos para trás um século de duas grandes guerras mundiais, da guerra do Vietnã, do Iraque, da Guerra Fria e do Muro de Berlim. Patrícia Lins nos lembra, também, que a passagem de um milênio para outro demonstrou a nossa inacreditável capacidade criativa, com as tecnologias digitais que, como ela descreve, "além de elas mudarem nossas relações com o mundo, facilitaram descobertas científicas para melhorar nossas vidas.

Estávamos certos de que a humanidade, enfim, assumiria um comportamento responsável, inclusivo e generoso." Ela nos relembra como nós "acreditávamos que os direitos humanos estavam perfeitamente incorporados às mentes; que as questões identitárias tinham acabado com os preconceitos; que o pensamento colonizado teria ruído para dar lugar ao reconhecimento de outros epistemes referenciais dali para a frente, como discussões para sempre travadas no clima tolerante para torná-las mais produtivas." Ela se refere ao fato de que estávamos avançando em diversas questões, inclusive entrando em um momento em que a educação se tornava um valor universal que não faltaria a ninguém. Porém, ela acaba concluindo que, afinal, nada aconteceu assim. "Era para começar bem o século 21. Só que não."

Com essa constatação, Patrícia passa a relatar o que está havendo no momento atual, marcado por uma pandemia que mudou o modo de vida do planeta que, mesmo assim, encontra motivos para celebrar: "É importante frisar que a ciência conseguiu um feito espetacular ao produzir, em apenas um ano, diversos tipos de vacina que têm protegido a humanidade da Covid-19. É de se comemorar com muito orgulho."

Entretanto, Patrícia Lins logo retorna para a triste realidade que estamos vivendo, especialmente no Brasil: "A educação básica foi muito atingida pela pandemia, com alunos sem poderem frequentar a escola o que traz muita preocupação para o futuro dessa geração." Para ela, "a escola precisa cuidar de contextualizar o que os alunos e nós todos estamos vivendo, precisa ser transformada em um lugar de saber real, saber que envolve vida diária, saber que envolve a humanidade." Ela afirma que os assuntos de todo dia são os verdadeiros "conteúdos", incluindo a pandemia, a saúde, a inflação, o desemprego e até a fome na discussão diária em salas de aula. "A escola existe para ensinar a pensar e agir sobre a vida, sobre os problemas que nos envolvem, sobre os desafios que encontramos", nos diz ela.

Ela afirma que a escola deve preparar os alunos atuais para que eles possam reescrever o roteiro do século 21. Só assim ela acredita que poderamos dar a esse século uma direção mais otimista, baseada na cooperação, no compartilhamento de soluções e saberes, na solidariedade e na justiça.

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